Filha do 25 de Abril, desde cedo aprendi a ver o mundo de maneira diferente.
A minha mãe levava-nos, a mim e ao meu irmão, a museus, ao teatro, a passear,
enfim, nunca ficávamos em casa, havia sempre algum sítio para conhecer, alguma coisa para aprender,
algo para descobrir.
O meu pai, como verdadeiro artista plástico que era, vivia no “mundo dos artistas” e
logo cedo conheci muitos pintores, escultores, músicos, filósofos; ou seja, desde a minha infância,
tive o privilégio de enriquecer com a nossa cultura, com pessoas fascinantes, podendo assim,
aproveitar a oportunidade de crescer, quer a nível artístico quer a nível pessoal.
Com estas influências e talvez com os genes, quem sabe? … comecei por desenhar e pintar,
a cor fascinava-me e mesmo agora, é através da cor, que eu procuro a forma e a harmonia.
É através da pintura, que consigo manifestar as minhas experiências, as minhas alegrias e tristezas,
numa viagem pela descoberta de novas técnicas, novos materiais e novas ideias.
É assim que eu me manifesto para o mundo: “pincelando” a minha vida.